Na BeUP de hoje tivemos o prazer de conversar com o Jardel Salvadori, fundador da Rockit design e produtor do marketplace.
O que te levou a escolher a tua profissão?
Desde pequeno eu sempre fui muito curioso. Adorava desmontar os brinquedos para entender o funcionamento das coisas. Ao mesmo tempo sempre fui muito tagarela, adorava (e ainda adoro) conversar com todo mundo sobre os assuntos mais aleatórios.
Mais tarde, quando chegou a hora de escolher uma faculdade, comecei a conhecer os cursos e de cara a Publicidade e Propaganda me pescou. Durante a graduação, a área que mais gostei sempre foi o design e a produção das peças. Aí uma coisa levou a outra, acabei a graduação em Publicidade e logo comecei a me especializar na área do Design Gráfico, isso a mais de 10 anos atrás.
Dentro do Design, nunca atuei com trabalhos tão artísticos, minha veia sempre foram projetos estratégicos, e isso me levou a especialização em estratégias de marca e branding.
Que projetos mais gostaste de realizar?
Sempre falamos que Design não é arte, logo, a função tem que vir antes que a estética, embora o visual tenha um papel super importante. Levamos isso muito a sério aqui no escritório, por isso os projetos que mais gostei de atuar são projetos de marca em que, alguns meses depois, tivemos o feedback do cliente e estavam gerando resutlados reais. Sempre há aqueles projetos que achamos esteticamente lindos hehe, porém os estratégicos que trazem ganhos reais para os clientes com certeza são os mais recompensadores em poder fazer parte.
Qual foi o teu maior desafio profissional?
Eu moro no interior do Brasil, e quando começamos a falar sobre Design Estratégico e Branding, a maior parte do mercado local aqui nem sabia do que se tratava. A desconfiança e falta de credibilidade por parte dos clientes foi um grande deasfio no início, porém com o tempo e principalmente com a formação de um portfólio robusto, essa objeção começou a ser superada com mais facilidade.
Outro desafio grande que enfrentamo no começo foi a falta de um posicionamento claro. Fazíamos Design Gráfico em geral, peças avulsas, etc. Isso nos trazia um volume muito grande de serviços com pouco valor agregado. Hoje conseguimos ter um posicionamento para trabalhar com uma quantida reduzida de projetos mensais, porém com alto valor agregado.
O que valorizas nos projetos que aceitas desenvolver?
Não aceitamos participar de projetos de cunho discriminatório, com discurso de ódio ou em que a atividade cause danos ao meio ambiente. Adoramos trabalhar com empreendedores que tem objetivos a longo prazo e que entendem o poder do trabalho coletivo e da diversidade.
Que áreas/ mercados mais gostas de trabalhar?
Aqui no estúdio não temos restrição de trabalho em nenhuma área, porém as que mais gostamos de trabalhar são Startups e Indústrias. Em Startups é emocionante ver a chama de uma nova ideia nascendo, já no ramo industrial uma particularidade bem legal é o trabalho com as equipes internas de colaboradores. Há sempre o desafio de “vender” a ideia do posicionamento de marca primeiro para a equipe interna para que eles possam “vender” ao mercado.
Que características tuas acreditas serem relevantes para fazeres um bom trabalho?
Acredito que a curiosidade me faz ser inquieto com as coisas e sempre me leva a descobrir novas formas de conseguir melhores resultados. Nas relações interpessoais, acredito que a empatia seja um ponto favorável, pois me faz conversar com todo mundo e me colocar no lugar dos clientes, entendendo suas dores, sua visão e expectatias em relação aos projetos.
Quais são as tuas maiores referências a nível profissional?
Procuro referências em profissionais de várias áreas difernetes, mas dentro do Design as minhas maiores referências são:
– o brasileiro Alexandre Wollner, considerado o pai do Design Gráfico Brasileiro e criador de marcas conhecidas a nível mundial.
– o norte americano Chris Do, diretor de estratégia na agência Blind e fundador da The Futur. Um profissional com uma visão sobre o mercado criativo que está muito afrente do seu tempo.
– pra fechar a lista outro brasileiro, o Guilherme Sebastiany, fundador da Sebastiany Branding e da escola Brandster. Um profissional com uma visão estratégica e metodológica muito apurada.
Qual é para ti a importância da liberdade na tua vida profissional?
A liberdade que o empreendedorismo proporciona é um dos principais motivos que me levam a ter o meu próprio negócio. Não digo apenas em relação a flexibilidade de horários, mas principalmente em relação ao que estamos construindo aqui e de que forma impactamos a comunidade em que vivemos. Em uma empresa, muitas vezes, não há espaço para compartilhar, então o colaborador só “ajuda” a construir o sonho de outras pessoas. Sendo empreendedor eu sei que todos os esforços extras são para construir o meus sonhos, e isso é muito gratificante.
Qual é o teu sonho?
Meu maior sonho pessoals é viajar o mundo todo e conhecer diversas culturas, costumes, sabores, arquiteturas, etc.
Meu maior sonho profissional é poder ajudar o maior número de empreendedores a terem negócios prósperos, pois além de crescer profissionalmente, podemos tornar o mercado como um todo cada vez mais sustentável.